quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Galeria - Ishbel Macintosh


         A exposição se chama ''Mermaid in a Suitcase'' ou ''Sereia em uma Mala'' e reúne um total de 15 telas, medindo 1.5m x 2.5m e representam diversas imagens da artista. Trata-se de uma série autobiográfica inspirada em fotografias na época que a artista trabalhou como modelo de alta costura e tiradas há 20 anos atrás. Estas fotografias haviam sido armazenadas em uma mala e foram danificadas através de um alagamento no jardim de seu apartamento em Londres em 2008. Mais tarde ao abrir esta mala, ela se deparou com o processo sofrido nas imagens do celulóide com o contato da água.
        O conjunto deste material ela reuniu de maneira existencial e poética, imprimiu suas imagens em canvas e enfatizou uma simbiose de beleza, destruição e o processo de desintegração do tempo. O material havia sofrido uma metamorfose sobre sua originalidade documental.
         Com sofisticação ela criou uma obra que confronta sua própria imagem jovial como modelo e possibilita um questionamento profundo sobre a existencialidade humana. Ishbel se desvenda nesta busca de maneira brilhate e mágica com seu trabalho de arte.
Trabalhando anos atrás como modelo, ela encarnou artisticamente diversos personagens para fotógrafos.
         Ela conta que começou a trabalhar no fim de sua adolescência e por volta de seus vinte e poucos anos, como modelo de alta-costura. Se tornou requisitada nos anos 80 por fotógrafos artísticos e passou a fazer diversos trabalhos para editorias de moda e revistas especializadas, morando em Nova York. Mais tarde ela largou a carreira, guardou suas memórias como modelo, teve restaurante, casou teve duas filhas, apresentou um programa de rádio e de TV sobre culinária na Discovery Channel e retornou a morar em Londres, onde também começou a se dedicar a arte e começou a fazer exposições de seus trabalhos. 

O proceso de criação de ''Mermaid in a Suitcase''- ''Sereia em uma Mala"
       

        Em 2008, diante do episódio do alagamento ao se deparar com a referida mala que continha as tais fotografias, Ishbel Macintoshi ficou perplexa com a perturbante dicotomia daquele encontro. As impressões danificadas das fotografias daqueles anos joviais como modelo se desintegraram em suas mãos. Elas revelaram uma alarmante verdade, uma beleza perturbadora diante da mortalidade. A conseqüência do alagamentono do jardim de seu apartamento, fez com que a água executasse simbólicamente a sua própria escavação arqueológica na sua psique.
        Os tais pedaços de celulóide danificados tinham registrados de alguma forma a história geológica do seu Eu.
Foi como que terremotos, derrames de lava, inundações, secas e as tempestades do tempo em sua vida. Feito sereias assombradas, essas imagens distorcidas da sua beleza jovial falaram diretamente com ela no sentido de sua existencilidade.
Ishbel reuniu o conjunto de imagens que traduzem uma iconografia auto-biográfica e sintetizou um acontecimento de maneira inteligente e emocional.
        O que esta artista fez é algo maravilhoso, profundo e questionador, transpondo os limites  estéticos e indo ao encontro de um questionamento filosófico.
Ela ressuscita um fio condutor da obra do artista Marcel Duschamps e abre um horizonte imenso de possibilidades materiais.
Ishbel Macintoshi tem uma história de vida linda, morou na África ainda criança e depois venho a morar com sua família na Escossia, terra de seus pais.
        Se tornou uma grande artista depois de sua passageira vida como modelo. Parte de sua história é contada em seu site de maneira poética e ela tem um trabalho de arte muito bacana.
      Seus trabalhos artísticos já foram exibidos no Museum of Long Island, New York, -''Two Person Exhibition'' (1994) e no Leigh Hawkey Woodson Art Museum, Wisconsin -“Birds in Art”(1997), além de ter exposições na Sothebys London, Charity Auction (2004), Puck Building, Group Exhibition-New York (2001), Dillon Gallery, Group Show-Long island (2001),The River Keepers, JFK,Hudson River (1999), Sun Storm Magazine, Group Exhibition-Long Island (1999), Dillon Gallery annex, Solo-New York (1998), The Flat Iron Building “Green Gorillas”-New York(1998), Dillon Gallery, “Summer Group Exhibition”-New York (1998),Dillon Gallery, “Black or White"-New York (1997),Elaine Benson Gallery-Long Island (1997), Dillon Gallery, “Black or White"-New York (1997), Elaine Benson Gallery-Long Island (1996), Chrysalis Gallery-Long Island (1995), Ambassador Gallery, “Group Exhibition”-New York (1995).


Abaixo estão alguns registros.





















Veja mais em: http://ishbel-macintosh.com/

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